2020 foi sem dúvidas o ano do e-commerce. Isso porque além de se tornar mais um canal de vendas, o comércio online foi responsável pela sobrevivência de muitos negócios. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre abril e setembro (segundo e terceiro trimestres), 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online.
Se ano passado foi o boom do setor, esse ano é o de consolidação. Por isso é importante estar atento aos novos canais de venda para continuar crescendo e ganhando espaço no mercado. “O e-commerce mostrou um canal seguro e prático para compras e quem antes tinha alguma desconfiança agora não tem mais. As compras online passaram a fazer parte da rotina. Mas, o que esperar do ano de 2021? Que previsões e tendências já podemos observar no e-commerce brasileiro?”, questiona Felipe Russi, diretor de marketing da Tatix Full Commerce.
Uma das principais tendências é sem dúvida compras por voz. “A popularização de homekits e assistentes pessoais virtuais tendem a tornar as compras realizadas por comando de voz cada vez mais comuns. É esperado que as conversas conduzidas por IA fiquem cada vez mais naturais e eficientes, enquanto isso os recursos humanos ficam livres para as tarefas onde são insubstituíveis. E baseando-se nos históricos de buscas e compras dos consumidores, as lojas podem oferecer recomendações mais assertivas”, observa Felipe, complementando que nesse momento o importante é ficar atento aos feedbacks para cada vez mais ir aperfeiçoando a ferramenta e gerando uma experiência positiva para o consumidor.
Um em cada cinco consumidores nos EUA já fizeram alguma compra por meio de um dispositivo controlado por voz, como o Amazon Echo ou Google Assistant, segundo aponta o estudo Future of Retail 2017, da Walker Sands.
“Os números impressionam. Estima-se que, até 2022, o volume transacionado por assistentes de voz será de U$ 40 bilhões de dólares, de acordo com uma pesquisa da OC&C Strategy Consultants ”, observa Felipe, acrescentando que hoje são mais de 1 bilhão de buscas por voz realizadas mensalmente, em um mercado de assistentes de voz que cresce 48% ao ano.
Felipe explica também que o recurso não tem como objetivo só fazer com que as pessoas conversem com as máquinas, mas também colocar os bots para interagirem entre si.
Já é possível ver, por exemplo, os assistentes virtuais Cortana, da Microsoft, e Alexa, da Amazon, trabalhando juntos em alguns testes. Em breve, o mais natural é que os assistentes façam pedidos de compra por voz para outros dispositivos, o que vai provocar uma grande mudança de mercado.
“Hoje, o principal uso desses dispositivos é para escutar música, consultar notícias, buscar informações de receitas e previsão do tempo, por exemplo. Mas a tendência é que a ferramenta vá se tornando um hábito diário e com isso os usuários variem seu uso até chegar às compras, que é o que estamos enxergando com bons olhos como conveniência e também assessibilidade”, finaliza Felipe.
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