Na cidade de Manaus, eletrodomésticos e eletroeletrônicos usados, que iriam para o lixo comum e poderiam contaminar o solo, o leito dos rios e os igarapés, agora têm destino certo para serem descartados, armazenados, desmontados e, finalmente, reciclados. Fabricantes, importadores e distribuidores se beneficiam, reduzem custos e o impacto ambiental, e ainda contribuem para uma economia mais sustentável a nível local e nacional.
Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana de Manaus (Semulsp), cerca de 27 mil toneladas de lixo são retiradas diariamente dos igarapés, ao custo de R﹩ 30 milhões por mês. Com a inauguração da 1ª Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos da Região Norte na cidade, ocorrida em setembro, o cenário está mudando. A Associação de Catadores de Recicláveis do Amazonas (Ascarman), responsável por coletar e receber os materiais, calcula que, até o mês de novembro, mais de 6 toneladas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos serão recebidas, incluindo televisores, fogões, geladeiras, impressoras e cartuchos.
A Ascarman tanto recebe o material quanto coleta em empresas, instituições ou na casa das pessoas, por meio de agendamento. No total, 21 catadores de materiais recicláveis trabalham na operação. Ozileni Vital Noé, que está há mais de sete anos na associação, conta que, com o novo projeto da prefeitura, o volume de lixo eletrônico coletado dobrou. “Em setembro, tínhamos cerca de duas toneladas e agora já estamos com seis. É lucrativo para os associados e bom para o meio ambiente, pois retiramos lixo eletrônico das esquinas e dos igarapés. É uma iniciativa que está gerando emprego e renda para a comunidade”, define.
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