Obras que traduzem esteticamente a pandemia da covid-19, as desigualdades da globalização, a fragilidade da matéria, problemas ambientais, a hipocrisia humana e o território estreito e desolador do preconceito estão reunidas na exposição Atrás da Grande Muralha – Nova Arte Chinesa e Brasileira. A mostra, que reúne trabalhos de artistas chineses e brasileiros, está aberta ao público até o dia 22 de maio no Museu de Arte de Brasília (MAB).
“Os artistas chineses primam por criar obras cheias de frescor, com reflexões sobre o mundo em que vivemos, mas, ao mesmo tempo, valorizam técnicas e temas locais e tradicionais. A partir de um mergulho na própria cultura, produzem obras inovadoras. É isso que faz dessa produção algo único e vibrante na arena internacional da arte”, disse o curador mineiro e radicado em Brasília, Clay D´Paula.
Para reunir as obras expostas no Brasil, ele fez várias viagens à China e algumas obras foram criadas especialmente para a exposição. “O público brasiliense terá a oportunidade de conhecer em primeira mão o projeto antes de sua itinerância pelo país e internacionalmente”, disse o curador.
O gestor do Museu de Arte de Brasília, Marcelo Jorge, acredita que, em um momento de confronto entre Ocidente e Oriente, a cultura pode criar uma ponte de entendimento entre os dois lados. “A exposição é uma ocasião privilegiada para conhecermos melhor a China e vice-versa. Além disso, é a primeira vez, na história do MAB, em que a instituição recebe obras de artistas desse país”.
Fotos:Valter Campanato/Agência Brasil
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