Teresópolis recebe título de Capital Nacional do Lúpulo

Em 2021, o Brasil produziu 12.356 toneladas de lúpulo, uma das principais matérias-primas utilizadas na produção de cerveja

O município de Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, recebeu o título de Capital Nacional do Lúpulo, com a publicação da Lei n° 14.414/2022 no Diário Oficial da União. Situada na Serra Fluminense, a 75 quilômetros da capital, Teresópolis também teve o primeiro viveiro para produção de mudas de lúpulo no Brasil com certificação de origem reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com um clima tropical de altitude e, por vezes, subtropical, a cidade tem ambiente propício para o desenvolvimento de culturas como a do lúpulo, planta originária do Hemisfério Norte, onde a baixa temperatura e a incidência solar são fundamentais ao cultivo. 

O cultivo de lúpulo no Brasil está em desenvolvimento e tem grande potencial, em razão das boas condições de clima, solo e da grande extensão territorial. Em 2021, foram produzidas 12.356 toneladas de lúpulo no país. Neste ano, a produção já soma 5.656 toneladas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo).

No estado do Rio de Janeiro, a produção de mudas de lúpulo, em 2021, chegou a 26.539 unidades. Todas produzidas em Teresópolis. Já a estimativa para 2022 é de 50.000 mudas.

No total, há 29 produtores nacionais de mudas de lúpulo inscritos no Registro Nacional de Sementes Mudas (Renasem). Desses, um está localizado em Teresópolis. Atualmente, existem 50 cultivares de lúpulo identificadas no Registro Nacional de Cultivares – RNC, as quais estão habilitadas para produção, comercialização e utilização de material de propagação e de mudas no país.

As primeiras cultivares de lúpulo inscritas datam de 21 de março de 2018. A partir desses registros, tornou-se possível a produção, comercialização e utilização de material de propagação e mudas de lúpulo produzidas no âmbito do Sistema Nacional de Sementes e Mudas – SNSM e, consequentemente, o cultivo da espécie a partir de material com origem comprovada e garantias de identidade e qualidade.

Os maiores produtores da espécie estão localizados no Hemisfério Norte, devido à ocorrência natural das plantas e fatores climáticos favoráveis, como o fotoperíodo, que proporciona as melhores condições de desenvolvimento para a cultura.

Foto: Istock

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