O Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, recebe na próxima terça-feira (13/12), das 16h às 21h, o Perifa Festival, evento que celebra a cultura da periferia e apresenta na prática a potência do entretenimento e da arte desenvolvidos nos subúrbios da Cidade Maravilhosa. A programação, totalmente gratuita e livre para todos os públicos, traz música, dança, grafite, rodas de conversa, feira gastronômica e experiências sensoriais. O evento também prevê transmissão ao vivo de jogo da Copa do Mundo.
Além disso, o Festival marca a formatura dos participantes do Aprendiz Cultural, projeto da Secretaria Municipal de Cultura em parceria com o CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável). Os cem jovens de 18 a 24 anos, que concluem o curso, foram os responsáveis pela realização do evento. É nele que mostram, aos convidados, as habilidades desenvolvidas após quase um ano de educação teórica e prática em eixos como sonorização, iluminação cênica, curadoria, comunicação, gestão cultural e captação de recursos, ou seja, mostram que estão aptos ao mercado de trabalho como agentes da cultura.
– As habilidades aprendidas durante o processo formativo desses jovens serão retratadas em cada espaço desenvolvido por eles neste evento. Foram investidos R$800 mil na formação por intermédio das bolsas de incentivo, e é com muita satisfação que informamos que mais de 70% dos cem participantes já tiveram oportunidades remuneradas no mercado de trabalho – avalia Luiz Pinto, coordenador de projetos do CIEDS.
Serão quatro espaços com diversas atrações. O primeiro deles, Memórias Suburbanas, traz a nostalgia do subúrbio por meio de poesias, comidas típicas e histórias, levando o público a uma imersão no cotidiano das favelas. Já o espaço 2 expande horizontes através do audiovisual e performances artísticas. O terceiro ambiente foi projetado para garantir uma experiência praiana em todos os seus detalhes. É nele que acontecerá a cerimônia de certificação dos Aprendizes Culturais e um bate-papo importante sobre a juventude periférica. O final do evento é comandado pelo grupo Passinho Carioca, que leva o público ao último ambiente, o Baile do Porto, que reúne a atmosfera dos bailes funk da cidade desde os anos 2010 até os dias atuais, além de exposições de vestuários típicos e distribuição de artes visuais.
O programa abrirá nova turma em breve. A intenção é inteirar, com os anos seguintes, 500 profissionais capacitados pelo Aprendiz Cultural. O público-alvo é formado por jovens sem emprego formal ativo e que não concluíram o Ensino Médio. É requisito ser residente da cidade do Rio, preferencialmente em periferias, favelas e subúrbio e/ou estar em situação de vulnerabilidade social. Os alunos recebem ainda R$ 800 mensais, além de auxílio transporte. Eles dedicam 30h semanais ao projeto.
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