Celulose, cafés, pimenta-do-reino, carne bovina, mamão, gengibre, chocolates, álcool e muitos outros produtos do Espírito Santo foram comercializados e consumidos por mais de 100 países em 2022, gerando divisas da ordem de 1,7 bilhão de dólares para o agronegócio capixaba. Em relação ao ano de 2021, houve um pequeno crescimento de 0,7% no valor da comercialização internacional.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo, por meio da Gerência de Inteligência e Análise (GIA/Seag), realiza bimestralmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.- Publicidade –
As maiores variações positivas sobre o valor comercializado foram para chocolates e preparados de cacau (+28%) e carne bovina (+26%). Dos três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba, que representam mais de 91% do valor total comercializado, celulose e pimenta tiveram variação positiva de 3,2 e 5,6%, respectivamente. Já para café e seus derivados, como em grãos e solúvel, a variação foi negativa (-3,1%).
O volume total exportado em 2022 foi inferior a 2021 em 4,3%, sendo influenciado, principalmente, por quedas bruscas na quantidade comercializada de cafés (-50,3%), mamão (-21,4%), gengibre (-21,1%) e álcool etílico (-23,3). No caso do gengibre, além da redução do volume exportado, também houve forte queda de 35,7% no valor total do comércio dessa especiaria.- Publicidade –
“As exportações do agronegócio capixaba no ano passado, apesar dos números totais em divisas e em volumes serem mais ou menos estáveis em relação ao ano de 2021, ficarão marcadas queda de mais da metade do volume do comércio do complexo café, que é o arranjo produtivo mais presente nas propriedades rurais do Estado”, afirma o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.
Em 2022, os preços internacionais dos cafés e derivados foram superiores em quase 95% em relação a 2021. “Com uma safra menor no ano passado e preços elevados no mercado exterior, as exportações de conilon se reduziram muito e esse produto tipicamente capixaba foi direcionado em grande quantidade para o mercado interno. No caso do café arábica, a produção capixaba historicamente abastece o Oriente Médio, com a bebida do tipo Rio, mas os preços estavam altos demais para os países dessa região, fato que contribui para a redução do volume exportado”, explica Bergoli.
Foto: Unsplash
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