5 provas de que o líder do futuro é humano

Tonia Casarin, autora best-seller que vive no Vale do Silício e lançou recentemente o livro “Liderança Exponencial”, lista pontos que comprovam que a humanização é cada vez mais imprescindível na hora de liderar.

O perfil da liderança vem mudando bastante nos últimos anos dentro das empresas, de maneira positiva. Hoje, o gestor não só determina os rumos da equipe, como também atua como um incentivador e promove o desenvolvimento de todo o time. 
 

No entanto, até hoje, muitos profissionais sentem falta de uma gestão mais humanizada. Pesquisa da Gartner de 2022 que entrevistou 230 líderes de RH indica que 90% dizem acreditar que, para ter sucesso no ambiente de trabalho atual, os líderes devem se concentrar nos aspectos humanos da gestão. No entanto, outra pesquisa do mesmo instituto, com quase 3,4 mil funcionários, do mesmo ano, aponta que apenas 29% consideram que seu líder é humano.
 

Para Tonia Casarin, autora do best-seller “Liderança Exponencial”, a tendência de humanizar a liderança é um contraponto às inovações tecnológicas. “Colocar as pessoas no centro é inevitável. Já está mais que claro que consciência, criatividade, compaixão, emoções e conexões sociais são atributos exclusivamente humanos, e não existem nem existirão máquinas capazes de substituir essas ‘soft skills’ (habilidades não-técnicas), defende a especialista. “Na verdade, prefiro até chamar as soft skills de competências humanas” – defende.
 

Dentro do conceito da liderança humanizada, é preciso haver líderes que saibam escutar, sejam transparentes com a equipe, tenham inteligência emocional, empatia, e mantenham uma comunicação assertiva com o time. “O líder humano escolhe investir nas pessoas, para que se tornem indivíduos melhores e mais capacitados, e consequentemente, profissionais com melhor desempenho”, diz Tonia.
 

Pensando nisso, a autora best-seller listou 5 pontos que comprovam que o líder humano veio para ficar:

  • Aumento da produtividade: Com um clima no ambiente de trabalho mais leve e humano, a equipe consegue trabalhar em harmonia, atuando com maior satisfação e tendo melhor performance. “O bem-estar do time impacta a produtividade dos times, que tem impacto direto no alcance das metas da organização”, alerta ela.
     
  • Turnover menor: Líderes humanizados reconhecem a sua equipe e dão a cada um do time o seu devido valor, reconhecendo os pontos fortes e fracos de cada profissional e evitando comparações desnecessárias. Sendo assim, o colaborador tende a permanecer mais tempo na empresa. “A retenção de talentos é um desafio para empresas de todos os portes e segmentos. Hoje, a grande maioria dos profissionais busca um propósito na carreira e deseja atuar em organizações com valores alinhados aos seus. Nesse sentido, ter um líder engajado com o aspecto humano é um grande diferencial”, resume.
     
  • Cultura forte: Criar mecanismos de compartilhamento de conhecimento, encontros em que todos possam dividir o que pesquisaram e refletiram, fomentando a criatividade, é outro aspecto importante, pois amplia as chances de que ideias distintas se complementam. Além disso, ter uma cultura que prioriza a segurança psicológica é um fator de enorme relevância. “A humanização potencializa a cultura da empresa, pois os colaboradores se sentem acolhidos e entendem que podem ter voz ativa, dar ideias, propor, independentemente do cargo que ocupam. Isso acaba sendo um atrativo.”, defende Tonia.
     
  • Desenvolvimento de carreira: Com esse tipo de liderança, todos os colaboradores tendem a ter maior crescimento profissional. “O líder humano compreende melhor as necessidades da sua equipe, nas dimensões pessoal e profissional, e estimula o crescimento de todos, eliminando práticas discriminatórias e atuando para que o ambiente de trabalho seja cada vez mais diverso e representativo. Tudo isso ajuda a formar novos talentos e desenvolver pessoas”, comenta a autora.
     
  • Compaixão: Um ambiente onde a liderança é preparada para ouvir e compreender as pessoas que estão na sua equipe é essencial e fazer algo pelas pessoas do time. Por isso o gestor do futuro deve ter compaixão. “Líderes verdadeiramente eficazes são capazes de expor as próprias vulnerabilidades, assim como aceitar e ser compreensivo com a vulnerabilidade dos seus colaboradores e entendem que podem fazer algo pela pessoa do seu time”, finaliza Tonia. 

Sobre Tonia Casarin – Mestre em Liderança com foco no desenvolvimento de Competências Socioemocionais pela Universidade de Columbia (NY), é pesquisadora, palestrante e autora de best-sellers. Em outubro/22, irá lançar seu novo livro, sobre liderança exponencial, abordando aspectos socioemocionais, com foco no papel do líder e no ambiente corporativo. Atualmente, mora no Vale do Silício e trabalha com consultoria e desenvolvimento de lideranças.

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