Bia Pereira e Bob Costa são os empresários que receberam 81 prêmios com apenas quatro safras. Os mais recentes foram o de Melhor Azeite Blend do Hemisfério Sul, Melhor Coratina do Mundo feito fora da Itália e Melhor Extravirgem do Brasil.
Em sua quarta safra, o azeite Sabiá sobe ao pódio máximo três vezes nos dois dos mais relevantes concursos do setor, o Leone D’Oro International e o EVO IOOC. Com os novos títulos, o azeite Sabiá soma 81 pódios máximos internacionais, um feito inédito em território brasileiro. Em primeiro de julho desse ano, o tradicional Leone D’Oro International elegeu o Sabiá com dois prêmios importantes: o Melhor Blend do Hemisfério Sul (Bend de Terroir) e a Melhor Coratina do Mundo, feito fora da Itália. Menos de 24h antes, o Sabiá também recebeu o prêmio de Melhor Extravirgem do Brasil, pelo prestigioso concurso EVO IOOC.
O exigente e rigoroso Leone D’Oro International Esta talvez seja a melhor definição para a chefe do painel de degustação Leone D’Oro, a italiana Maria Paola Gabusi, Maripa. É com essa exigência e rigor que ela conduz o concurso, cujas regras e procedimentos exigem dos produtores um altíssimo padrão de qualidade dos azeites extravirgem que lhe são submetidos. O Concurso Internacional Leone d’Oro International é a evolução do “Leone d’Oro dei Mastri Oleari”, o primeiro e mais prestigiado concurso internacional de azeites extravirgem, fundado em 1991. Maripa é a líder do painel desde 2017 e o consolidou como o concurso de azeites mais seletivo do mundo, descobrindo, promovendo e homenageando azeites que são fruto do empenho e da paixão de produtores ao redor do mundo.
Diante do rigor do concurso, o casal por trás da marca, Bia Pereira e Bob Costa, não escondem a satisfação em receber tamanho reconhecimento. “Ser destaque em dois dos mais respeitados concursos italianos, terra dos melhores azeites, é motivo de muito orgulho para nós e reconhecimento do trabalho e da dedicação da equipe do azeite Sabiá. Isso mostra também que estamos no caminho certo”, exalta Bia.
O importante crivo da EVO IOOCNa edição de 2023 do EVO IOOC, competiram 623 azeites extravirgem, oriundos de 26 países. Fundado em 2016, por Antonio G. Lauro, o concurso está entre os cinco maiores concursos internacionais de azeite extravirgem. A fim de promover e aprimorar a mais alta qualidade da indústria de azeites extravirgem, o EVO IOOC permite o acesso à concorrência apenas aos produtores capazes de garantir a rastreabilidade e a origem de seus produtos. Para garantir o bom funcionamento do concurso e dos seus resultados, o júri é composto por 24 especialistas internacionais, que fazem sessões de prova e avaliam com imparcialidade as amostras submetidas. O EVO IOOC é também o concurso internacional com maior participação de azeites brasileiros. Só em 2023 participaram oito empresas brasileiras com 25 azeites. O azeite Sabiá, além de ter sido eleito o Melhor Azeite Extravirgem do Brasil, já havia recebido 3 medalhas de ouro para os 3 azeites enviados.
O controle de qualidade Sabiá Decididos a transformar em olivais os pastos onde criavam gado na fazenda em Santo Antônio do Pinhal, município paulistano no topo da Serra da Mantiqueira, a jornalista Bia Pereira e o empresário Bob Costa foram atrás dos melhores profissionais para entender sobre manejo, cultivo das oliveiras, equipamentos e técnicas. Tudo isso para alcançar a mais alta qualidade possível na produção de seu azeite. As duas primeiras safras, extraídas em 2018 e 2019, foram distribuídas apenas para a família. Mas dali em diante, o casal fundador do Sabiá não parou de se especializar.
Desde 2022, o Sabiá é produzido também na Fazenda Sabiá da Vigia, uma linda propriedade localizada no município de Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste gaúcho. Lá, os proprietários Bia e Bob construíram um dos mais modernos lagares do mundo, com equipamentos desenvolvidos sob medida para o local pelo papa do setor, Giorgio Mori, fundador da respeitada marca Mori-Tem – a mesma das máquinas usadas em Santo Antônio do Pinhal. Hoje, com apenas quatro safras comercializadas, já acumulam oitenta prêmios internacionais – em março de 2023 foi ranqueado, pelo segundo ano consecutivo, entre os 10 Melhores Azeites do Mundo no prêmio espanhol EVOOLEUM Awards, um dos mais respeitados concursos da olivicultura. Um feito raríssimo e inédito para um azeite brasileiro. Além disso, obteve o prêmio máximo no concurso português Ovibeja e conquistou medalhas de ouros na Grécia e Japão, coroando-o como um dos melhores azeites de oliva extravirgem já produzido no Brasil e no mundo.
Em entrevista exclusiva para o Pluminews o casal nos conta como foi iniciar o negócio, seus desafios e seus projetos futuros:
Como foi a decisão de transformar a fazenda?
Sempre tivemos vontade de cultivar a terra. Vontade de plantar, ver crescer, florescer, frutificar e colher. Quando experimentamos um azeite produzido na região, fresco, totalmente diferente dos azeites que estávamos acostumados, escolhemos a oliveira para plantar.
Qual foi o maior desafio nessa transformação?
O maior desafio foi preparar a terra que antes era pasto e encontrar pessoas que nos orientassem sobre um cultivo tão novo no Brasil. Embora seja uma cultura de cerca de 8.000 anos, no Brasil é muito nova, a primeira extração de azeite brasileiro foi em 2008.
A que vocês atribuem tantos prêmios em tão pouco tempo?
Nos cercamos dos melhores profissionais, estudamos muito e escolhemos a melhor tecnologia de extração. O azeite é um suco de frutas e são muitos cuidados para produzir um azeite de excelente qualidade. O trabalho que temos o ano todo com o pomar, com a saúde do fruto, a colheita no ponto certo de maturação, sem machucar a azeitona, e extrair o azeite logo após a colheita, tudo isso garante um azeite de excelência. Outra coisa importantíssima é a temperatura do fruto ao entrar na extratora, colhemos no verão e precisamos baixar a temperatura para que não comece a fermentação do fruto, além de ter todo o nosso maquinário climatizado, com baixa temperatura. Isso sem contar toda a extrema limpeza que fazemos nas nossas máquinas diariamente. Qualquer resíduo já provoca fermentação.
Como vocês veem o mercado de azeites do Brasil e do mundo?
O mercado de azeites ullta premium, como é o Sabiá (safra do ano, fresco, altissíma qualidade, colheita precoce) é um mercado ainda muito recente, seja para os europeus, americanos ou brasileiros e está em crescimento. Os consumidores estão começando a conhecer este azeite, aprendendo sobre as enormes vantagens para saúde, aroma e sabor muito diferentes dos azeites comerciais. Quando o consumidor experimenta este azeite ultra premium, ele dificilmente volta atrás. O Brasil já é um enorme mercado para os azeites comerciais, somos o terceiro importador de azeites do mundo (EUA, Grécia e Brasil). Para este tipo de azeite, o comercial, a produção brasileira não chega a 0,5% do consumo do brasileiro. O mercado, portanto, tanto brasileiro como o mundial, para o azeite ultra premium, é enorme e em franco crescimento.
Quais os projetos futuros da marca?
Começamos a produção de azeites na fazenda da Mantiqueira, compramos uma área no Rio Grande do Sul, onde hoje temos a maior produção e um dos lagares mais moderno do mundo. Apostamos fortemente na produção de um azeite de altíssima qualidade. É esta nossa vocação e investimento. Não teremos um produto que concorra com os azeites comerciais, safras diversas, frutas com origens de vários pomares e grandes volumes. Nossa meta é consolidar no mercado este parâmetro de qualidade. No sul, plantamos também uvas e vamos lançar um espumante em 2025.
Estamos desenvolvendo uma linha de cosméticos à base de azeite extravirgem e lançamos este ano nosso hidratante corporal Bem-estar. Até o final do mês teremos o sabonete e outros produtos até o início de 2024.
Serviço Azeite Sabiá eleito como Melhor Extravirgem do Brasil, pelo EVO IOOC, e como Melhor Blend do Hemisfério Sul e Melhor Coratina Internacional, pelo Leone D’Oro International www.azeitesabia.com.br@azeitesabia
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