Um estudo desenvolvido pela KPMG Austrália, em parceria com a Universidade de Queensland, e divulgado pelo jornal digital Poder360, revelou que o Brasil ocupa a 4ª posição (56%) entre os países emergentes que mais confiam na IA (Inteligência Artificial), atrás apenas da Índia (75%), China (67%) e Coreia do Sul (57%).
Segundo o levantamento, 50% das empresas brasileiras já utilizam IA, o que levou o país ao “top 3” dos mercados emergentes que mais empregam a inovação. China (74%) e Índia (66%) ocupam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente.
“A IA tem o potencial de transformar a forma como os negócios são conduzidos, permitindo que empreendedores aproveitem dados em larga escala, automatizem tarefas repetitivas e tomem decisões mais informadas”, afirma Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia.
No Brasil, foram registradas mais de 21 milhões de empresas ativas entre janeiro e abril deste ano, como mostra o recente Mapa de Empresas, realizado de forma quadrimestral pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Dentre as principais possibilidades de uso da IA no empreendedorismo, Boner destaca que a inovação é útil para automação de tarefas, análise de dados avançada, personalização e experiência do cliente e detecção de fraudes e segurança, além de otimização do marketing.
Apesar disso, na perspectiva da empresária, é preciso reconhecer que o uso de IA também apresenta desafios: “Questões éticas, como privacidade e viés algorítmico, devem ser consideradas e abordadas com cuidado”.
“Além disso”, avança Boner, “o investimento em ferramentas de IA pode ser significativo, especialmente para pequenas empresas e empreendedores individuais”, considera. Mais de 20 milhões (cerca de 93,7%) dos empreendimentos ativos no país são microempresas ou negócios de pequeno porte, ainda de acordo com o Mapa.
Segundo o Atlas dos Pequenos Negócios de 2022, realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), microempresas, pequenas empresas e MEIs (Microempreendedores Individuais) geram uma renda de R$ 420 bilhões ao ano, cerca de R$ 35 bilhões a cada mês.
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