Especialista explica: Substituição do homem pela máquina é um processo evolutivo desde o século XVIII
À medida que a Inteligência Artificial (IA) se integra cada vez mais nas operações empresariais, se assiste uma transformação significativa em vários setores, desde a automação de tarefas rotineiras, até a análise avançada de dados e tomada de decisões. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também gera preocupações sobre a substituição de empregos tradicionais. No entanto, é importante observar que a IA não apenas se apresenta como uma ameaça, mas também como uma oportunidade.
Um estudo recente, conduzido pela plataforma de ensino edX, fruto da colaboração entre as instituições Harvard e MIT, revela que a Inteligência Artificial (IA) tem o potencial de impactar as responsabilidades de 56% dos profissionais que ocupam cargos de liderança.
Esta pesquisa, que envolveu a participação de 800 executivos e 800 funcionários, destaca uma projeção: até o ano de 2025, estima-se que 49% das habilidades necessárias na força de trabalho perderão sua relevância devido à crescente influência da IA. Os entrevistados acreditam que a automação de IA irá substituir “total” ou “parcialmente” seus empregos.
Para Felipe Coimbra, CEO da Nexus Tecnologia, empresa especializada em projetos de realidade virtual e aumentada, alguns setores já estão sentindo esse impacto: “A IA pode melhorar a eficiência e a produtividade em muitas indústrias, o que pode reduzir a demanda por trabalhadores em algumas áreas. Setores como logística, atendimento ao cliente, manufatura e finanças já estão vendo mudanças substanciais”, afirma.
Por outro lado, a IA também tem a habilidade de criar oportunidades de emprego. Segundo informações da Singularity Experts, startup de consultoria no mercado de trabalho, a tecnologia está sendo responsável por criar novos empregos, como: Engenheiro de Prompts, Pesquisador de IA, Especialista em Processamento de Linguagem Natural, Auditor de Algoritmos, entre outros.
“À medida que as empresas adotam a IA, a demanda por especialistas, engenheiros de aprendizado de máquina, cientistas de dados e desenvolvedores da tecnologia continua a crescer. Com a proliferação de assistentes virtuais, chatbots e tecnologias de automação, há uma demanda por designers de experiência do usuário (UX) e especialistas em interação homem-máquina que criem interfaces amigáveis e eficazes para interações entre humanos e sistemas de IA”, comenta Coimbra.
A substituição do homem pela máquina, ou a automação, tem raízes profundas na história da revolução industrial no século XVIII. Na medida em que a tecnologia avançava, as máquinas se tornavam mais eficientes na execução de tarefas anteriormente realizadas manualmente. Esse movimento de substituição do trabalho humano pela automação continuou a se expandir ao longo do século XX, com o desenvolvimento da eletrônica, da computação e, mais recentemente, da inteligência artificial.
Embora tenha impulsionado o progresso econômico e tecnológico, a automação também gerou desafios sociais, como a necessidade de requalificação profissional e o debate sobre a distribuição de riqueza e empregos em uma economia cada vez mais automatizada.
“Para enfrentar os desafios da automação, é fundamental investir em educação, treinamento e desenvolvimento de habilidades. O impacto líquido varia de acordo com a indústria e a localização. Além disso, a IA pode ser uma força positiva se for usada para melhorar a eficiência, a produtividade e a qualidade de vida das pessoas, em vez de apenas visar à redução de custos”, finaliza o CEO.
Deixe seu comentário