O pagamento do décimo terceiro salário no Brasil atingirá R$ 267,6 bilhões ao final deste ano, marcando um aumento de 6,2% em comparação com o ano anterior, descontada a inflação, conforme aponta estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A segunda parcela, que será injetada na economia, totalizará R$ 106,29 bilhões, com um valor médio do benefício de R$ 2.980, representando um avanço em relação a 2022.
Após dois anos em que a prioridade foi o pagamento de dívidas, os gastos no comércio liderarão a alocação dos recursos da segunda parcela em 2023, atingindo R$ 37,35 bilhões. A quitação de dívidas consumirá 34% dos recursos (R$ 35,97 bilhões), seguida por gastos no setor de serviços (R$ 20,31 bilhões) e poupança (R$ 12,66 bilhões).
A CNC destaca a mudança desse padrão, explicando que ela se deve à inflexão nas taxas de juros ao consumidor e ao comprometimento médio da renda familiar. O recuo desse indicador, de 31,4% para 30,3% entre setembro de 2022 e o mesmo mês deste ano, reflete a expansão da renda e do emprego ao longo do ano.
A segunda parcela do décimo terceiro salário, maior este ano devido ao aumento no nível de ocupação no mercado de trabalho, beneficiará 50,9 milhões de trabalhadores na ativa e 38,9 milhões de aposentados e pensionistas. A concentração dos pagamentos em dezembro é esperada para impulsionar as vendas no comércio, especialmente em setores como vestuário, calçados, livrarias, papelarias e utilidades domésticas. No comércio varejista, hiper e supermercados, combustíveis, vestuário e calçados, e produtos de farmácia devem ser os segmentos mais impactados.
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