A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar meio ponto percentual na taxa Selic, anunciada nesta quarta-feira (31), enfrentou críticas de representantes do setor produtivo e centrais sindicais. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a medida como “injustificável”, enquanto a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera crucial a continuidade das reduções, apontando espaço para cortes mais intensos.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, expressou descontentamento, chamando a atenção para a necessidade de maior agressividade na redução da taxa Selic para aliviar o custo financeiro das empresas. A Firjan avaliou que, diante da desaceleração da atividade econômica e das expectativas inflacionárias controladas, cortes mais acentuados se justificam.
As centrais sindicais, incluindo a Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, também criticaram a diminuição de 0,5 ponto percentual na Selic, classificando-a como “tímida” e “insuficiente”. Para elas, os juros ainda permanecem altos, prejudicando as iniciativas de recuperação econômica e gerando obstáculos ao desenvolvimento nacional.
A CUT ressaltou a relação entre os cortes na taxa Selic e a queda do desemprego divulgada pelo IBGE, pedindo cortes mais expressivos para impulsionar a economia. A Força Sindical destacou que juros elevados comprometem a geração de empregos e investimentos sociais, enfatizando a necessidade de uma postura mais ousada do Banco Central para promover o crescimento econômico.
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