Isabel Schnabel, autoridade do Banco Central Europeu (BCE), apontou que o lento crescimento da produtividade na Europa pode representar um obstáculo significativo para alcançar a meta de inflação de 2%. Em uma declaração recente, Schnabel identificou uma série de fatores contribuintes, incluindo investimentos tecnológicos insuficientes e custos energéticos mais altos na região em comparação com os Estados Unidos.
Ela enfatizou que o baixo desempenho econômico da zona do euro em relação aos EUA pode atrasar as ações do BCE para controlar a inflação, inclusive retardando possíveis cortes nas taxas de juros. Schnabel expressou preocupação com o impacto negativo do crescimento nominal dos salários sobre os custos unitários do trabalho para as empresas, devido à falta de contrapartida no crescimento da produtividade.
Reiterando a importância da cautela, Schnabel destacou a necessidade de evitar cortes prematuros nas taxas de juros para evitar um possível ressurgimento da inflação, como observado na década de 1970. Ela enfatizou que medidas direcionadas para facilitar a abertura e expansão de empresas bem-sucedidas, juntamente com a liquidação de empresas em dificuldades, poderiam ajudar a impulsionar a produtividade na zona do euro.
Schnabel argumentou que um aumento na produtividade não apenas beneficiaria o controle da inflação pelo BCE, mas também fortaleceria a estabilidade econômica de longo prazo na região. Ela enfatizou que medidas que apoiam o crescimento da produtividade estão alinhadas com os objetivos de política monetária do BCE, especialmente em garantir a estabilidade de preços no médio prazo.
Portanto, as observações de Schnabel ressaltam a importância crítica de abordar as questões estruturais que limitam o crescimento da produtividade na Europa, não apenas para o BCE, mas também para o bem-estar econômico geral da região.
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