Em setembro de 2023, um comprador investiu 9,3 milhões de dólares em 466 lotes de vinhos raros e caros em um leilão nos Estados Unidos. Entre os lotes estava o Romanée Conti 1999 Domaine de la Romanée-Conti, avaliado em 275 mil dólares por garrafa. O evento reflete a estabilidade do mercado de luxo, que é pouco afetado pelas oscilações econômicas.
O mercado de bebidas premium, incluindo vinhos, deve crescer 50% nas Américas até 2026, segundo a consultoria IWSR. O segmento de vinhos premium tem previsão de aumento de 16% na região.
No Brasil, a demanda por vinhos premium tem crescido, com consumidores buscando rótulos exclusivos de vinícolas menores. Julia Frischtak Valente, da Cellar Vinhos, especializada em rótulos premium, afirma que há uma procura significativa por vinhos com características diferenciadas e exclusivas.
Paulo Brammer, da importadora Berkmann Brasil, observa que, apesar da queda no consumo de vinhos na França, os vinhos premium franceses, como Bordeaux, Borgonha e Champanhe, mantêm uma demanda constante no Brasil. Ele destaca que vinícolas europeias têm aumentado a produção de vinhos mais caros para maximizar a rentabilidade.
Além dos vinhos europeus, o mercado brasileiro também está aberto a rótulos premium de países vizinhos. O grupo Baron Philippe de Rothschild lançou o Baronesa P, produzido no Chile e importado pela World Wine, com 10% da produção destinada ao Brasil.
No mercado de espumantes, a expectativa é de crescimento anual de 7,5%, chegando a 24% para champanhes. A vinícola butique Segura Viudas, do grupo Henkell Freixenet, oferece três rótulos no Brasil: Reserva Heredad, Brut Rosé e Brut Reserva.
A vinícola Segura Viudas tem enólogos com experiência em Champanhe e foca em vinhos com acidez e cremosidade. Glória Collell, responsável pela vinícola, destaca a sustentabilidade como fator importante, com práticas de redução do uso de produtos químicos e consumo de água. A vinícola é certificada pelo Wineries for Climate Protection.
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