Foto: Xinhua | Global Times
Os principais bancos de desenvolvimento do mundo, conhecidos como MDBs (sigla em inglês para Multilateral Development Banks), anunciaram um ambicioso plano de financiamento para os próximos dez anos. Eles pretendem disponibilizar entre US$ 300 bilhões e US$ 400 bilhões em empréstimos, conforme divulgado após uma reunião realizada em Washington. Este encontro ocorreu simultaneamente às reuniões de Primavera e contou com a participação de instituições de grande porte, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos Brics.
Essa iniciativa está entre as cinco ações estratégicas que os MDBs se comprometeram a implementar, visando uma atuação mais eficiente e integrada. Entre as medidas previstas, estão o aumento da capacidade de financiamento, a promoção de esforços conjuntos contra as mudanças climáticas, o estímulo à colaboração e ao cofinanciamento em nível nacional, a atração de investimentos do setor privado e a busca por maior eficácia e impacto nas atividades de desenvolvimento.
Os MDBs enfatizam que esses compromissos marcam um reforço na cooperação entre as instituições, com o objetivo de ampliar a efetividade e o alcance de suas intervenções diante dos desafios globais de desenvolvimento. O BID, sob a liderança rotativa de Ilan Goldfajn, e o Fundo Monetário Internacional (FMI), como órgão associado, destacam-se entre os participantes deste movimento.
Ilan Goldfajn, presidente do BID e ex-presidente do Banco Central do Brasil, destacou o caráter inovador dessa colaboração, ressaltando o compromisso dos MDBs em trabalhar de forma unificada para melhor atender às necessidades dos países membros e maximizar o impacto de suas ações.
A reunião dos MDBs também contou com a presença de figuras notáveis, como Dilma Rousseff, à frente do NDB, e Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, além de Ajay Banga, presidente do Banco Mundial. Este encontro acontece em um momento em que os líderes do G20, liderados pelo Brasil neste ano, solicitam reformas significativas nos MDBs, buscando torná-los mais eficientes, abrangentes e eficazes.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil e líder do G20 Brasil, anunciou que as diretrizes propostas para os MDBs serão apresentadas na reunião de outubro, com o objetivo de integrá-las ao chamado “Roteiro do G20”. Este plano visa transformar os bancos em instituições mais robustas e eficientes, contribuindo para a construção de um mundo mais justo e sustentável.
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