Um estudo recente publicado na revista Nature revelou que o verão do último ano registrou as temperaturas mais elevadas dos últimos 2.000 anos no Hemisfério Norte extratropical. A pesquisa, liderada por Jan Esper, professor de climatologia na Universidade Gutenberg, em Mainz, Alemanha, aponta para a influência do aumento dos gases de efeito estufa, resultado do uso de combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial, como principal causa deste fenômeno.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram os anéis de crescimento das árvores, uma técnica conhecida como dendrocronologia, que permite reconstruir o clima do passado com grande precisão. Essa metodologia foi utilizada para estimar as temperaturas de períodos anteriores à invenção dos instrumentos de medição, cobrindo um intervalo entre os anos 1 e 1850.
Os resultados indicam que o verão de 2023 superou em pelo menos 0,5°C o verão do ano 246, anteriormente considerado o mais quente desse longo período. Contudo, ao considerar as margens de incerteza dos dados históricos, a diferença pode ser ainda maior, chegando a 1,19°C acima do registrado no ano 246. Este estudo reforça a evidência do impacto humano no aquecimento global e a urgência de medidas para mitigar as mudanças climáticas.
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