Foto: Marc Lee Shervin Saremi | Speculative Evolution Prototype | Divulgação
O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) retorna ao Centro Cultural Fiesp, em São Paulo, a partir desta quarta-feira (3), celebrando 25 anos de existência. O evento, que une arte e tecnologia, destaca-se por promover exposições e debates sobre inovações artísticas impulsionadas por tecnologias emergentes, com foco especial nesta edição na computação quântica e inteligência artificial sintética.
Com o tema “QUBIT AI – quantum & synthetic ai”, a mostra é curada por Ricardo Barreto e Paula Perissinotto. Paula explica que o Qubit refere-se à computação quântica, onde a unidade básica de informação, diferente do bit tradicional (0 ou 1), pode representar múltiplos estados simultaneamente. Já a inteligência artificial sintética envolve obras criadas por IA sob comando humano.
O evento destaca a computação quântica como uma revolução emergente e a inteligência artificial sintética como uma revolução já em curso, oferecendo novas formas e conceitos artísticos. Paula menciona que a exposição inclui desde camadas digitais, que já fazem parte do File, até experiências estéticas rudimentares de computação quântica. Um computador quântico estará presente como objeto de exposição, além de conteúdos produzidos por IA, como clipes, filmes e experiências arquitetônicas e sonoras.
Os visitantes poderão interagir com diversas instalações, vídeos e esculturas digitais. Entre as obras, destaca-se “Ego”, que projeta e distorce a imagem do visitante na parede, e “The Forgettable Art Machine”, que analisa e encontra imagens semelhantes às capturadas pelo público. Outra experiência imersiva é a obra de Marc Vilanova, “Cascade”, que utiliza frequências infrassônicas de cachoeiras para criar uma instalação interativa com fibras ópticas.
O festival também explora a experiência científica, como na obra “Fotografia Quântica” da cientista Gabriela Barreto Lemos, que demonstra um experimento inovador onde uma imagem é capturada por um feixe de luz sem interação direta com o objeto fotografado. Gabriela destaca o potencial dessa técnica para aplicações em áreas como a medicina.
O File estará aberto ao público até o dia 25 de agosto, com entrada gratuita. Mais informações estão disponíveis nos sites do File e do Centro Cultural Fiesp.
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