O Beef Day 2024, realizado em Colina, no interior de São Paulo, reuniu mais de 2.500 representantes da cadeia produtiva da carne bovina. Organizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, através da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em parceria com o Grupo de Estudos em Produção de Ruminantes (GEPROR), o evento teve como objetivo promover a inovação na pecuária, oferecendo soluções, gerando conhecimento e formando técnicos para o setor.
O secretário de Agricultura, Guilherme Piai, destacou a importância econômica do setor, que movimentou US$ 1,5 bilhão em exportações nos primeiros sete meses do ano. Ele ressaltou a capacidade produtiva do estado, que possui mais de 11 milhões de cabeças de gado e é o maior exportador de proteína do mundo, além de contar com a maior quantidade de plantas frigoríficas. Piai também mencionou a segurança jurídica no campo, promovida pela regularização fundiária e ambiental.
O evento contou com a presença de pecuaristas de várias regiões do Brasil e países vizinhos, além de técnicos das ciências agrárias, como zootecnistas, agrônomos, médicos veterinários e técnicos agropecuários. O subsecretário de Agricultura, Orlando Melo de Castro, enfatizou que a pecuária paulista é uma referência nacional em pesquisas científicas e produção de qualidade com práticas sustentáveis. Ele destacou o compromisso da Secretaria de Agricultura em gerar conhecimentos e tecnologias através das Instituições de Pesquisas dedicadas ao segmento.
Carlos Nabil Ghobril, coordenador geral da APTA, ressaltou a importância do evento para promover os resultados dos estudos científicos que contribuem para o desenvolvimento da cadeia produtiva bovina. Ele mencionou o método Boi 777, que reduz a idade de abate e aumenta o peso da carcaça, permitindo abater um boi com 21 arrobas em até dois anos. Essa tecnologia pode aumentar o lucro das fazendas em até 30%.
Daniel Gomes, diretor geral da Apta Regional, destacou que a Unidade de Pesquisa de Colina é uma das 18 unidades no Estado de São Paulo. A missão dessa fazenda é transferir tecnologia diretamente da pesquisa para o produtor, visando maior rentabilidade e saúde da cadeia produtiva da carne. O sistema tradicional de produção pecuária demora até três anos para abater um boi com 18 arrobas, mas com a nova tecnologia, é possível fazer um giro e meio nesse período. Produtores de vários estados brasileiros já estão adotando o modelo.
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