Um estudo recente indica que o Brasil pode reduzir suas emissões de gás carbônico em 18 milhões de toneladas ao substituir fertilizantes minerais por bioinsumos na produção de gramíneas, como trigo, milho e aveia. A pesquisa, realizada pelo Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras e pela Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), foi apresentada pela pesquisadora Luana Nascimento.
O trabalho faz parte de um projeto de cooperação internacional focado na inovação do uso de bioinsumos em gramíneas, financiado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Segundo Luana, a pesquisa visa subsidiar políticas públicas para segurança alimentar e desenvolvimento sustentável.
Os fertilizantes minerais, amplamente utilizados na agricultura, são responsáveis por grandes emissões de óxido nitroso, um potente gás de efeito estufa. A substituição por bioinsumos não só reduziria essas emissões, mas também diminuiria a adição de nitrogênio ao meio ambiente em 7 milhões de toneladas anuais.
Além dos benefícios ambientais, a pesquisa aponta uma economia potencial de até US$ 5,1 bilhões para o setor agrícola. A tecnologia dos bioinsumos é predominantemente brasileira, com 63% dos produtos baseados na bactéria Azospirillum brasilense, destacando o potencial de expansão para novos microrganismos.
O estudo também contou com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que promove a cooperação técnica entre 34 países. Gabriel Delgado, representante do IICA no Brasil, destacou a importância do bioinsumo para fortalecer a resiliência dos sistemas alimentares.
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