A confiança da indústria brasileira apresentou melhora significativa em setembro, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dos 29 setores pesquisados, 26 demonstraram otimismo em relação ao futuro, o maior número desde outubro de 2022. Apenas os setores de madeira, produtos de borracha e serviços especializados para a construção mostraram pessimismo.
A CNI atribuiu o resultado positivo à percepção mais favorável dos empresários sobre a economia. Nos últimos meses, a avaliação das condições econômicas atuais vinha segurando o índice, mas esse cenário tem mostrado sinais de melhora.
O Icei utiliza uma escala em que valores abaixo de 50 pontos indicam desconfiança, enquanto valores acima desse patamar indicam otimismo. Os setores com maior índice de confiança em setembro foram manutenção e reparação (59,4 pontos), máquinas e materiais elétricos (56,7 pontos), bebidas (56,7 pontos) e farmoquímicos e farmacêuticos (56,5 pontos).
De agosto para setembro, o Icei aumentou em 21 setores, com seis deles atravessando a linha divisória de 50 pontos e passando de desconfiança para confiança: metalurgia; couro e artefatos de couro; máquinas e equipamentos; produtos de metal; biocombustíveis; e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos.
A confiança industrial aumentou em todas as regiões do país, com destaque para o Sul, onde o Icei subiu 2,3 pontos, atingindo 52,4 pontos em setembro. No Nordeste, o índice subiu 2,2 pontos; no Norte, 1,6 pontos; no Sudeste, 1,3 pontos; e no Centro-Oeste, 0,7 pontos, resultando em um cenário positivo em todo o Brasil.
O índice de confiança também cresceu em empresas de todos os portes. Entre as pequenas empresas, o Icei avançou 0,9 ponto, enquanto nas médias e grandes empresas o aumento foi de 1,7 ponto. A pesquisa, realizada entre 2 e 11 de setembro, ouviu 1.870 empresas industriais, sendo 738 de pequeno porte, 678 de médio porte e 454 de grande porte.
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