Foto: Praia dos Carneiros – Pernambuco
O estudo recente do IBGE, divulgado em setembro de 2024, revela um aumento significativo nas viagens realizadas pelos brasileiros após a pandemia de Covid-19, especialmente para destinos de praia. A pesquisa, baseada em dados da PNAD Contínua, aponta que o número de viagens cresceu de 12,3 milhões em 2021 para 21,1 milhões em 2023, um aumento de 71,5%.
Entre os principais destaques, o lazer liderou como motivação das viagens, representando 38,7% dos deslocamentos em 2023, enquanto 33,1% foram para visitar amigos ou familiares. A preferência por destinos com sol e praia ainda é dominante, sendo a escolha de 46,2% dos viajantes, embora tenha havido uma leve queda nesse percentual comparado a 2020. Em contrapartida, o interesse por viagens focadas em cultura e gastronomia cresceu, assim como o uso de transportes coletivos, principalmente aviões, que tiveram um aumento de 10,6% para 13,7% no mesmo período.
A pesquisa também revela que o Sudeste foi a região mais visitada, representando 43,4% dos destinos, seguido pelo Nordeste (25,3%) e Sul (17,4%). Além disso, houve um crescimento expressivo nas viagens internacionais, com um aumento de 132% em relação a 2020, totalizando 641 mil viagens.
No que diz respeito às hospedagens, a casa de parentes ou amigos continua sendo a principal escolha, com 41,8% dos viajantes optando por esse tipo de estadia em 2023. No entanto, o uso de hotéis, resorts ou flats aumentou, especialmente para viagens profissionais.
Em termos de gastos, o total de despesas em viagens nacionais com pernoite atingiu mais de R$ 20 bilhões em 2023, um aumento de 78,6% em relação a 2021. A hospedagem foi o principal item de despesa, com um gasto médio de R$ 1.563.
Esse cenário reflete uma retomada significativa do turismo no Brasil, com mudanças nos padrões de viagem e um aumento na disposição de gastar, especialmente em hospedagem e transporte.
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