O protagonismo das mulheres no setor financeiro segue em expansão, refletindo mudanças significativas na forma como administram seu patrimônio. Neste Mês da Mulher, a B3 (B3SA3) anunciou um marco inédito: o total de investidoras na bolsa cresceu 7% em um ano, passando de 1.292.666 para 1.381.426. O avanço reforça a tendência de maior independência econômica, impulsionada pelo acesso ampliado à educação financeira e pela diversificação de estratégias de investimento.
Além da bolsa de valores, o Tesouro Direto também registrou um aumento expressivo na participação feminina. O número de mulheres cadastradas no programa superou a marca de 1 milhão, atingindo 1.049.097, um crescimento de 15,04% no último ano. Criado para facilitar o acesso a títulos públicos, o Tesouro Direto tem se tornado uma alternativa cada vez mais explorada por investidoras que buscam rentabilidade e segurança sem a complexidade do mercado acionário.
A crescente presença feminina no universo dos investimentos não é apenas um indicador econômico, mas também um reflexo da busca por maior autonomia financeira, destaca Rebecca Fischer, co-fundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank. “As mulheres, em geral, adotam uma abordagem estruturada antes de alocar seus recursos, pesquisando opções e diversificando suas carteiras. Esse comportamento estratégico tem sido fundamental para essa evolução no mercado”, afirma.
O levantamento da B3 também revelou um panorama detalhado do perfil das investidoras. A maior concentração está na faixa etária de 25 a 39 anos, totalizando 605.932 mulheres. Em termos geográficos, as regiões Sudeste e Sul lideram a participação, com destaque para São Paulo (522.124), Rio de Janeiro (149.206) e Minas Gerais (136.132). Apesar disso, outras regiões também apresentaram crescimento expressivo, com o Amazonas registrando um aumento proporcional de 10,13% em um ano.
Os números reforçam que a expansão do conhecimento financeiro tem sido essencial para esse movimento. “Com mais ferramentas e informações disponíveis, as mulheres estão ampliando sua atuação no mercado de capitais e conquistando cada vez mais autonomia na gestão de suas finanças. O recorde registrado pela B3 confirma uma tendência que deve se fortalecer nos próximos anos, consolidando o papel feminino como um dos principais impulsionadores do crescimento do setor”, conclui Fischer.
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