Que tal ajudar o meio ambiente e ainda ganhar dinheiro com isso? Essa é a proposta do Ciclo ao comprar o resíduo reciclável gerado por qualquer pessoa através da instalação de um container em locais com grande fluxo de consumidores. Startup integrante do Grupo Recicla, com 30 anos de experiência na reciclagem de dois milhões de quilos de resíduos mês recolhidos de mil clientes espalhados nos três estados da Região Sul, a meta é instalar até 50 containers e empregar 120 pessoas até o final de 2022 na Região Metropolitana e Litoral Norte gaúcho.
Os espaços coletam resíduos como papel, papelão, embalagem longa vida, plástico duro, plástico filme, plástico de bebidas e suas tampas, além de alumínio.
Através da instalação de um container em áreas de grande circulação, como supermercados, o Ciclo compra resíduos recicláveis utilizando um aplicativo de conta digital para celulares que permite a transferência para a conta do banco de preferência. O consumidor pode também destinar o valor correspondente para uma instituição cadastrada. Há também a possibilidade de receber um cartão de débito bandeira Visa, com o valor relativo ao peso do resíduo reciclável vendido, e que pode ser utilizado em qualquer estabelecimento comercial. Já tendo reciclado mais de 100 toneladas com os containers existentes, a operação gerou um tíquete médio de R$ 30, com aproximadamente seis quilos/pessoa/mês.
Conforme Jonas Bernardes, sócio-diretor do Ciclo, um em cada 12 brasileiros não possui coleta regular de lixo na porta de casa. Os números indicam que a capital gaúcha produza 1,6 mil toneladas/dia dos quais 30% poderiam ser reciclados, mas apenas 1% passa por esse processo. No Brasil, esse percentual de reciclagem é de 4%, enquanto poderia chegar a 85% do resíduo produzido nas cidades.
“O brasileiro gera um quilo de resíduo reciclável por dia. Surgimos com o objetivo transformar o comportamento do cidadão. Todos sabem da relevância da reciclagem. Agora precisa de atitude, e vamos estimular isso comprando o resíduo”, comenta Bernardes.
O sócio do Ciclo destaca que não há competição com a operação dos catadores, pelo contrário. Segundo Bernardes, os próprios coletores podem vender os resíduos nos containers e receber por isso como qualquer cidadão. Além disso, a startup estimula a geração de emprego pois para cada local emprega dois ou três funcionários. “Nosso ponto de equilíbrio para a operação é o recolhimento de pelo menos oito mil quilos/mês, o que equivale a 30 a 40 pessoas abastecendo o container por dia”, diz.
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