O Valle de Uco, aos pés da Cordilheira dos Andes, atrai cada vez mais visitantes. Há motivos para isso: um número cada vez maior de opções de experiências únicas em um cenário espetacular. Listamos aqui cinco motivos para visitar o Valle, em uma viagem que voltou a ser acessível com a reabertura das fronteiras com o país irmão e o retorno dos vôos diretos para Mendoza.
Visitar as vinícolas
O Valle de Uco tem mais de 80 vinícolas – ou bodegas, como se diz em espanhol – com mais de 1.700 vinhedos plantados, e boa parte delas promove degustações e abriga restaurantes e bistrôs. A estrela da região é a uva Malbec, que produz os ricos tintos considerados perfeitos para acompanhar as melhores carnes. Aos pés da Cordilheira dos Andes ela encontra seu mais perfeito cenário, na combinação de clima e altitude que deu fama ao Valle. Os visitantes em geral preferem visitar as bodegas mais famosas, tradicionais ou simplesmente as mais bonitas. A favorita, nos três quesitos, é a Zuccardi, que este ano foi eleita pela terceira vez como a melhor vinícola do mundo pela World’s Best Vineyards. Pudera. Construída com projeto arquitetônico único, em plena cordilheira, ela une a modernidade e a alta tecnologia com a integração à natureza e um visual espetacular.
Mas há muita diversidade de vinhos e paisagens a conhecer, visitando propriedades tão diversas quanto Domaine Bousquet, Andeluna, Salentein, Fournier ou La Azul. O Valle hoje produz tintos de Malbec em versões orgânicas e biodinâmicas, alguns amadurecidos em barris de carvalho, outros em ânforas construídas com os minerais da região. E blends diferenciados, com uvas como Cabernet Franc. O verão é a época do crescimento máximo das uvas nas parreiras, e quem visita os vinhedos encontra os cachos cheios. Em março é a colheita, com direito à tradicional Festa da Vindima, no primeiro sábado do mês.
Passear de bike
Fazer um tour de bicicleta pela Rota do Vinho é um programa cada vez mais procurado, porque além do contato direto com a natureza permite parar para tirar uma selfie a qualquer momento no meio da jornada. E os cenários ajudam muito, já que as estradas seguem ao longo do Cordón del Plata, um trecho da Cordilheira dos Andes com picos cobertos de neve de até 5.000 metros de altitude. Há passeios de todas as distâncias, de 10 km a 44 km, adaptados ao preparo físico e à disposição de cada viajante.
Experiências gastronômicas
Dos restaurantes mundialmente famosos às empanadas e pratos de culinária “raiz”, o vale convida a experiências culinárias inesquecíveis. O Siete Fuegos, restaurante do The Vines Resort & Spa, é do famoso chef Francis Mallmann, que muitos conhecem da série The Chef’s Table, no Netflix , que alcançou reconhecimento mundial por seus pratos assados em fogo aberto. Já na Bodega Zuccardi o restaurante é comandado pelo chef Matías Aldasoro, que criou o cardápio em conjunto com o famoso Fernando Trocca, do Sucre, de Buenos Aires. A Bodega La Azul faz sucesso com um estilo mais moderno e descolado, assim como a Andeluna, com um ambiente extremamente charmoso.
Fazer “Glamping”
Antes de mais nada, o que é Glamping? É a palavra criada pela junção de glamour + camping, para definir o conceito da hospedagem que une a aventura do camping com os confortos de um hotel de luxo. As “cabanas” são, na verdade, estruturas high-tech equipadas com cama king size, banheiro privativo e confortos como deck próprio com hidromassagem e vista para a Cordilheira dos Andes. Mas dão a mesma sensação de fuga da agitação das cidades e proximidade com a natureza. No Valle de Uco ele pode ser feito na bodega Alpasión, que tem cúpulas geodésicas no meio da paisagem, isoladas da agitação – mas pertinho do restaurante, que ninguém é de ferro.
Fazer o próprio vinho
Para quem se apaixona e sonha em virar vinicultor ali no Valle, o sonho pode se tornar uma realidade. O Hotel Casa de Uco, um dos mais luxuosos da região, oferece aos hóspedes a opção de comprar um lote em seus vinhedos, que pode variar entre 0,25 e 5 hectares, para produzir Malbec. Os enólogos e agrônomos do vinhedo assessoram o bodegueiro de primeira viagem para decidir o plano de cultivo e de produção, de acordo com as características do solo e as preferências pessoais de cada um. A equipe cuida dos processos produtivos, e o feliz proprietário pode visitar o vinhedo e fazer degustações com suas famílias.
ONDE FICA: A 80 km de Mendoza, capital da província do mesmo nome, no oeste da Argentina, com vôos diretos a partir de São Paulo ou conexões a partir de Buenos Aires.
ONDE DORMIR: Em Mendoza há redes de luxo, como Hyatt e Sheraton, e hotéis como San Martín, Villagio e NH Mendoza Cordillera. Mas o charme são as hospedagens nas pousadas das vinícolas, e é até difícil escolher. The Vines e Casa de Uco são as mais luxuosas; Salentein, La Azul são conhecidas. E há até opções de glamping, como na vinícola Alpasión.
ONDE COMER: Em restaurantes de hotéis como o Siete Fuegos ou nas dezenas de bodegas, das famosas como a Zuccardi até as descoladas como La Azul e Andeluna.
Mais informações no site do Argentina Turismo
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