Historicamente, a pessoa que trabalha em atividades agrícolas, na maioria das vezes, tem uma rotina árdua e rudimentar, repleta de desafios. Felizmente, essa realidade vem mudando com a implementação de novas tecnologias na produção. A modernização do campo permitiu novas dinâmicas de trabalho, acelerou processos, multiplicou resultados e aprimorou a qualidade do que é produzido.
É importante ressaltar, que esta situação ainda está mais presente na vida dos grandes produtores rurais, que representam apenas 10% dos produtores brasileiros. Os pequenos e médios produtores ainda estão pouco preparados para as novas tecnologias. E como dar acesso a todos?
Hoje, a agropecuária visa o manejo com um conjunto de ferramentas baseadas em tecnologia da informação. Esse recurso permite o monitoramento das condições do solo e das culturas, o entendimento de dados gerenciais, entre outras ações que favorecem eficiência, rentabilidade e sustentabilidade. As ferramentas para o gerenciamento agrícola incluem itens como robótica, drones, softwares de gestão, rastreabilidade, internet das coisas e muito mais.
Embora a tecnologia seja uma grande aliada no agro, existem os desafios para validação, implementação e utilização das soluções digitais.
O que não falta são dados e necessidades no agro, soluções digitais que resolvam estes desafios também existem, hoje já são mais de 1600 agritechs (startups com foco em soluções para o agronegócio) no país, segundo dados da ABS Startups, o que falta é a oportunidade destes dois mundos estarem conectados: produtores e tecnologia.
Para tornar o trabalho no campo viável, um ponto importante a ser levantado nas soluções tecnológicas para o campo é a validação do ajuste do produto ao mercado (product market fit). As agritechs precisam passar por avaliações, antecipação de tendências e validação para vender produtos que sejam atraentes e gerem valor ao produtor.
Uma das maneiras que estão consolidando como uma grande oportunidade das startups validarem seu produto no campo é o modelo de corporate venture builders que atuam mapeando as dores dos produtores e contam com redes de técnicos que podem auxiliar nesta validação de mercado, o que proporciona acesso aos produtores rurais de diferentes culturas e com acompanhamento de especialistas.
Em especial, pequenos e médios produtores rurais têm muita desconfiança em estar usando novas tecnologias, além de grande aversão ao risco e com a abertura que temos junto aos produtores e técnicos em função da nossa rede de relacionamento, vinda de nossos investidores, propiciam as startups a oportunidade de estar se relacionando com seu cliente ideal. E consequentemente aproximamos os produtores rurais de pequeno e médio porte destas novas tecnologias
*Por Leonardo Dias, CEO da NovoAgro Ventures, Corporate Venture Builder com foco em soluções para o Agronegócio. – novoagro@nbpress.com
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