Nos últimos anos, o estado de São Paulo tem se destacado como um importante destino para investimentos de empresas asiáticas, especialmente no setor automotivo. Entre 2020 e abril de 2024, companhias da Ásia destinaram um total de R$ 64,9 bilhões à região, com aproximadamente 70% desse valor sendo direcionado para a indústria de veículos, conforme dados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp).
Entre os principais investidores estão a Toyota, que alocou recursos em Sorocaba e Porto Feliz, a Honda, que investiu em Itirapina, a Great Wall Motors (GWM) da China, que escolheu Iracemápolis, e a Hyundai da Coreia do Sul, que apostou em Piracicaba.
De acordo com Margarida Kalemkarian, responsável pela pesquisa, o aumento dos investimentos pode ser atribuído aos incentivos proporcionados pela Medida Provisória (MP) que criou o programa federal Mobilidade Verde e Inovação (Mover). “A MP incentiva investimentos privados em pesquisa e inovação, com o objetivo de aumentar a eficiência energética, promover a descarbonização e o uso de biocombustíveis, além de fomentar a nacionalização das autopeças”, afirma Kalemkarian.
Os impactos positivos desses investimentos para a economia do estado e para a população são variados, incluindo a produção de veículos mais econômicos, seguros e ambientalmente sustentáveis; o incentivo ao uso de biocombustíveis; a melhoria da qualidade de vida da população; novas oportunidades de negócios e maior competitividade para a produção local; o crescimento de empregos e renda; e a expansão de centros de distribuição de mercadorias.
No que diz respeito aos investimentos por país, a China lidera com R$ 27,9 bilhões, seguida pelo Japão com R$ 20,2 bilhões, Singapura com R$ 8,8 bilhões e Coreia do Sul com R$ 6,9 bilhões.
Campinas foi a cidade que mais se beneficiou com os investimentos das empresas asiáticas, recebendo R$ 22 bilhões, seguida por Sorocaba com R$ 13 bilhões e Bauru com R$ 8,5 bilhões. Outras regiões que também receberam investimentos significativos incluem a Região Metropolitana de São Paulo com R$ 2 bilhões, Santos com R$ 1,5 bilhão e São José dos Campos com R$ 622 milhões.
Kalemkarian conclui que “a combinação de um mercado consumidor robusto, diversificação econômica, mão-de-obra qualificada, instituições de ensino avançadas e serviços de suporte às empresas torna o estado um polo atrativo para investimentos”.
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