O setor de fabricação de alimentos lidera o número de pessoas empregadas na indústria brasileira, representando 22,8% do total de 8,3 milhões de trabalhadores em 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa. Outros segmentos com destaque em número de empregados são a indústria de confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 7%, e a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 5,9%.
Em 2022, havia 346,1 mil empresas industriais com pelo menos um empregado, totalizando 8,3 milhões de pessoas ocupadas. Essas empresas geraram uma receita líquida de vendas de R$ 6,7 trilhões e um valor de transformação industrial de R$ 2,5 trilhões, sendo 89,3% provenientes das indústrias de transformação. A maior parte dos empregados, 97,3%, estava nas indústrias de transformação, um percentual estável em relação a 2013.
O salário médio na indústria em 2022 foi de 3,1 salários mínimos, uma redução de 0,3 salários mínimos em comparação a 2013. Essa queda foi observada tanto nas indústrias extrativas quanto nas de transformação, com reduções de 6,3 para 5,2 salários mínimos e de 3,3 para 3,0 salários mínimos, respectivamente.
A Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto) do IBGE revelou que, em 2022, cerca de 3.400 produtos e serviços industriais foram pesquisados em aproximadamente 39,8 mil unidades locais industriais de mais de 33,1 mil empresas. Óleos brutos de petróleo lideraram a receita líquida de vendas, com R$ 274,5 bilhões e 5,3% do total da receita líquida industrial nacional, impulsionados pelo aumento do preço do barril de petróleo. Óleo diesel, também influenciado pela alta dos preços, ficou em segundo lugar com R$ 200 bilhões e 3,9% do total.
Minérios de ferro, com receita de R$ 159,6 bilhões e 3,1% de participação, caíram duas posições devido à queda nos preços internacionais, impactados pela menor demanda chinesa. Outros produtos destacados incluem carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,7 bilhões e 2,2%), adubos ou fertilizantes com NPK (R$ 102,8 bilhões e 2%), gasolina automotiva (R$ 90,3 bilhões e 1,7%), tortas e farelos da extração do óleo de soja (R$ 76,1 bilhões e 1,5%), etanol não desnaturado (R$ 67,5 bilhões e 1,3%), óleos combustíveis (R$ 67 bilhões e 1,3%) e automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível (R$ 60,6 bilhões e 1,2%).
Esses dez produtos juntos representaram 23,4% do valor das vendas em 2022, uma participação maior que a de 2021, que foi de 22,9%.
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