O Brasil se destaca no cenário global de energia renovável, alcançando em 2023 a marca de 89% de sua eletricidade proveniente de fontes renováveis, um índice três vezes maior do que a média global de 30%. Essa conquista foi divulgada pelo think tank de energia Ember, que apontou o país como um exemplo de transição energética no G20.
A base hidrelétrica robusta do Brasil, aliada à rápida expansão da energia solar e eólica, tem sido fundamental para esse sucesso. Em 2023, a hidroeletricidade representou 60% da eletricidade brasileira, uma leve queda em relação à média de 63% desde 2013. Por outro lado, as energias eólica e solar cresceram significativamente, alcançando 21% da matriz energética em 2023.
O avanço das fontes renováveis contribuiu para a redução das emissões do setor de energia, que caíram de 0,56 MtCO2 por habitante em 2014 para 0,33 MtCO2 por habitante em 2023. Com isso, o Brasil mantém a posição de país com as menores emissões per capita no G20, uma posição que ocupa há duas décadas, exceto por um breve período em 2014, quando foi ultrapassado pela França.
Em 2023, o Brasil registrou o segundo maior aumento anual de geração eólica e solar do mundo, com um incremento de 36 TWh, ficando atrás apenas da China. A maioria dos países do G20, incluindo o Brasil, já ultrapassaram o pico das emissões do setor de energia, que representaram 41% da geração de energia do grupo em 2023.
Apesar das reduções em muitos países do G20, as emissões do setor de energia do grupo ainda estão aumentando, atingindo um novo recorde de 11.881 MtCO2 em 2023, um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior. No Brasil, as emissões do setor de energia atingiram o pico em 2014, com 114 milhões de toneladas de CO2, e em 2023 estavam 38% abaixo desse nível, totalizando 70 MtCO2.
O crescimento da geração de energia solar no Brasil foi notável, aumentando em 72% de 2022 para 2023 e representando 7,3% da eletricidade total do país. Dados recentes mostram um crescimento contínuo em 2024, com a geração de energia solar de janeiro a maio superando os números do ano anterior, ultrapassando a média do G20 e gerando 9,1% da eletricidade.
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