A revolução tecnológica está transformando o setor agrícola, trazendo agilidade e aumento de produtividade através de recursos como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e big data. A digitalização no campo está se consolidando, com produtores de todos os tamanhos investindo em dispositivos modernos, softwares, sistemas de gestão e equipamentos avançados para otimizar processos como manejo do solo, plantio e colheita. Essa abordagem é conhecida como Agricultura 4.0.
Rodrigo Peixoto da Silva, pesquisador do CEPEA da ESALQ/USP, explica que o termo Indústria 4.0 surgiu na Alemanha em 2013, referindo-se a um mundo inteligente e conectado. Esse conceito integra os mundos físico e digital através de tecnologias como IoT, IA, big data, machine-to-machine (M2M), biologia sintética, sistemas ciberfísicos e engenharia end-to-end.
As práticas da Agricultura 4.0 buscam melhores resultados produtivos, econômicos e sustentáveis, envolvendo diversos atores da cadeia de produção. Ferramentas como softwares de decisão, plataformas de gestão de plantio, drones de pulverização, veículos autônomos e sensoriamento remoto são exemplos de inovações que enfrentam desafios de conectividade, tanto no 5G quanto offline.
A modernização do campo é evidente em números. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revela que mais de 95% dos produtores rurais utilizam algum tipo de tecnologia. Operações bancárias via internet, softwares de previsões climáticas, manejo e gestão de propriedades são amplamente adotados.
A produtividade agrícola tem mostrado avanços significativos. Na safra 1976/1977, a área plantada de soja no Brasil era de sete milhões de hectares, com produção de 12,14 milhões de toneladas. Na safra 2023/2024, a área plantada aumentou para 44 milhões de hectares, com colheita de 154,6 milhões de toneladas. O milho também apresentou crescimento: de 11,7 milhões de hectares e 19,2 milhões de toneladas em 1976/1977, para 22,2 milhões de hectares e 131,8 milhões de toneladas em 2023/2024.
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