O Índice de Incerteza Econômica, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, manteve-se em 107,8 pontos em setembro, interrompendo uma sequência de três meses de queda. Fatores como discussões sobre taxas de juros no Brasil e a escalada de tensões no Oriente Médio contribuíram para essa estabilidade.
O índice, que combina análises de mídia e expectativas de especialistas, apresentou uma leve queda no componente de mídia e um pequeno aumento no de expectativas. Apesar da estabilidade, o indicador permanece na faixa considerada de “incerteza moderada”, abaixo dos 110 pontos.
Anna Carolina Gouveia, economista da FGV, observou que o índice chegou a cair na primeira quinzena de setembro, possivelmente impulsionado por dados positivos da atividade econômica. No entanto, a segunda metade do mês viu um aumento, influenciado por debates sobre política monetária e a intensificação de conflitos no Oriente Médio.
O cenário econômico foi marcado pelo aumento da taxa Selic para 10,75% ao ano, decidido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. No contexto internacional, as tensões no Oriente Médio, especialmente as operações israelenses contra o Hezbollah no Líbano, contribuíram para o clima de incerteza.
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