Foto: Divulgação
O Prêmio Mulheres do Agro, uma importante plataforma de reconhecimento da liderança feminina no agronegócio, recentemente homenageou dez mulheres em um evento realizado em São Paulo. Organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em parceria com a Bayer, o prêmio destacou nove produtoras rurais e uma pesquisadora por suas contribuições significativas e práticas inovadoras em ESG (Ambiental, Social e Governança).
Este ano, o prêmio foi notável pelo aumento de 26,5% no número de inscrições de pequenas propriedades em comparação com o ano anterior, refletindo um crescente engajamento de produtoras de todas as regiões do Brasil, com idades variando de 19 a 67 anos. Daniela Barros, diretora de Comunicação da Divisão Agrícola da Bayer no Brasil, enfatizou que o prêmio tem como objetivo promover um agronegócio mais inclusivo, reconhecendo mulheres que estão fazendo a diferença tanto em suas propriedades quanto em suas comunidades.
Entre as premiadas, Gabi Rodrigues, da Palmitolândia em Iporanga (SP), foi a primeira colocada na categoria Pequena Propriedade. Ela se destacou por adotar uma agricultura sustentável que integra preservação ambiental, inovação gastronômica e turismo rural. Gabi desenvolve produtos únicos como cerveja de palmito e biojóias, além de utilizar energia fotovoltaica e práticas de reutilização de água para irrigação. A fazenda também emprega embalagens biodegradáveis e promove ações sociais e educacionais para conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental.
Na categoria Média Propriedade, Luiza Oliveira Macedo, da Fazenda Tapera do Baú em Boa Esperança (MG), foi reconhecida por implementar inovações na cafeicultura regenerativa. Sua propriedade se especializa em cafés fine cup e especiais, combinando qualidade e rastreabilidade. Luiza também promove capacitações para colaboradores e participa de iniciativas de empoderamento feminino no agronegócio, demonstrando que é possível unir produtividade com preservação ambiental e impacto social.
Vanessa Bomm, vencedora na categoria Grande Propriedade, continua o legado familiar na Fazenda Mareva, em Terra Roxa (PR), com práticas sustentáveis e regenerativas. Ela adota a intensificação do uso de plantas de cobertura no plantio direto e rotação de culturas, além de ser embaixadora do PRO Carbono, um projeto que visa reduzir emissões de gases de efeito estufa e regenerar o solo.
Na categoria Ciência e Pesquisa, Danielle Pereira Baliza, de Minas Gerais, foi premiada por sua contribuição ao estudo de sistemas agroflorestais com café. Com mais de 40 artigos publicados, seu trabalho impactou mais de 2.500 agricultoras, promovendo autonomia e uso sustentável dos recursos naturais. Seu projeto, “Embaixadoras do Instituto Federal”, fortalece a liderança feminina no agronegócio, priorizando a preservação ambiental e o desenvolvimento humano.
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