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8 doenças que humanos, gatos e cachorros têm em comum

8 doenças que humanos, gatos e cachorros têm em comum

Embora sejam espécies diferentes, humanos, gatos e cachorros compartilham diversas características biológicas e fisiológicas. Isso significa que, além de sentimentos e comportamentos semelhantes, também podem desenvolver as mesmas doenças.

No entanto, é importante destacar que a maioria dessas doenças não é transmitida entre humanos e animais. Ou seja, o fato de um tutor ter determinada condição não significa que seu pet irá desenvolver a mesma enfermidade. Fatores como predisposição genética, alimentação, estilo de vida e idade podem contribuir para o surgimento. Veja a seguir! 

1. Câncer 

O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais, que formam tumores malignos e podem se espalhar para outras partes do corpo. Nos cães e gatos, os tipos mais comuns incluem câncer de pele, mama, linfoma e osteossarcoma (câncer nos ossos). 

Os sintomas variam de acordo com o tipo de câncer, mas podem incluir perda de peso repentina, apatia, falta de apetite, nódulos ou caroços pelo corpo, dificuldade para respirar e feridas que não cicatrizam. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de recuperação. O tratamento pode envolver cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia, radioterapia e cuidados paliativos para aliviar a dor e garantir qualidade de vida ao animal. 

2. Diabetes 

A diabetes ocorre quando o organismo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la corretamente, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Nos pets, a doença pode ser causada por fatores genéticos, obesidade, idade avançada e doenças hormonais. Os cães são mais propensos a desenvolver diabetes tipo 1, enquanto os gatos tendem a apresentar diabetes tipo 2, geralmente associada ao sedentarismo e à alimentação inadequada. 

Os principais sintomas nos animais incluem aumento da sede e da urina, perda de peso inexplicável, cansaço excessivo e infecções frequentes, como otites e infecções urinárias. Se não tratada, a diabetes pode levar a complicações graves, como cegueira e insuficiência renal. O tratamento consiste no controle da glicose por meio de injeções diárias de insulina, ajustes na alimentação e incentivo à prática de atividades físicas para evitar o sobrepeso. 

3. Epilepsia 

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises convulsivas recorrentes. Nos cães, a doença pode ser hereditária ou surgir devido a traumas, infecções, tumores cerebrais ou intoxicações. Algumas raças, como labrador retriever e pastor alemão, apresentam maior predisposição genética para desenvolver epilepsia idiopática. Nos gatos, a condição é menos comum, mas pode estar associada a doenças cerebrais, como toxoplasmose ou encefalites. 

Os sintomas incluem convulsões com movimentos involuntários, salivação excessiva, rigidez muscular, desorientação e, em alguns casos, perda de consciência. O tratamento envolve o uso contínuo de medicamentos anticonvulsivantes para controlar as crises e melhorar a qualidade de vida do animal. Embora não tenha cura, o manejo adequado pode reduzir a frequência e a intensidade das convulsões. 

4. Catarata e glaucoma 

A catarata é caracterizada pela opacificação do cristalino, dificultando a passagem da luz e prejudicando a visão. O glaucoma ocorre devido ao aumento da pressão intraocular, causando danos irreversíveis ao nervo óptico. Ambas as condições são comuns em cachorros e gatos idosos, mas também podem surgir devido a traumas, diabetes ou predisposição genética. 

Os sinais incluem olhos esbranquiçados (no caso da catarata), sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo e dificuldade para enxergar, levando o animal a esbarrar em objetos e apresentar desorientação. No glaucoma, pode haver dor ocular intensa, deixando o pet inquieto ou agressivo. O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença, podendo incluir colírios para reduzir a pressão intraocular ou cirurgia para remoção do cristalino comprometido. 

Cachorro idoso deitado em caminha na sala
Os cachorros de grande porte podem desenvolver artrite na velhice (Imagem: Cavan-Images | Shutterstock)

5. Artrite 

A artrite é uma inflamação das articulações que causa dor e rigidez nos movimentos. Assim como nos humanos, a doença pode estar relacionada ao envelhecimento, traumas, obesidade ou predisposição genética. Cachorros de grande porte, como labrador e golden retriever, são mais propensos à condição devido ao peso e desgaste das articulações. Nos gatos, a artrite pode ser silenciosa, tornando os sinais mais difíceis de identificar. 

Os sintomas incluem dificuldade para se levantar, relutância em caminhar ou subir escadas, lambedura excessiva nas articulações e mudança no comportamento devido à dor. O tratamento envolve o uso de anti-inflamatórios, suplementação para fortalecimento das articulações, fisioterapia e controle do peso para reduzir a sobrecarga nas articulações. 

6. Hipotireoidismo 

O hipotireoidismo ocorre quando a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, resultando em uma desaceleração do metabolismo. A doença é mais comum em cachorros do que em gatos e pode ser causada por inflamações, atrofia da glândula ou fatores autoimunes. 

Os sintomas incluem ganho de peso sem aumento do apetite, letargia, intolerância ao frio, queda de pelos e ressecamento da pele. O tratamento consiste na administração de hormônios sintéticos para repor a função da tireoide e acompanhamento veterinário para ajuste da medicação. 

7. Obesidade 

A obesidade é um dos problemas de saúde mais comuns em cachorros e gatos. Segundo estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, 40,5% dos cães do estado de São Paulo estão acima do peso. 

A condição pode levar ao desenvolvimento de outras doenças, como diabetes, problemas cardíacos e articulares. O excesso de peso geralmente está associado a alimentação inadequada, falta de exercícios e castração sem controle da dieta

Os sinais incluem aumento de peso, dificuldade para se movimentar, respiração ofegante e menor disposição para brincadeiras. O tratamento envolve dieta balanceada, controle rigoroso da alimentação e incentivo à prática de atividades físicas, como passeios diários para cães e brinquedos interativos para gatos. 

8. Doença renal crônica 

A doença renal crônica é comum em gatos idosos, mas também pode afetar cães. O problema ocorre quando os rins perdem progressivamente sua função, prejudicando a filtragem do sangue. A condição pode ser causada por infecções, predisposição genética ou envelhecimento. 

Os sintomas incluem aumento da sede, perda de peso, vômitos, apatia e mau hálito. O tratamento visa retardar a progressão da doença com dietas especiais, medicamentos e hidratação frequente para preservar a função renal pelo maior tempo possível.